O filme dirigido por uma Américo-Iraniana trata da história de duas amigas que se tornam amantes com o passar do tempo, de como elas lidam com todo o preconceito e religião imperantes no Irã e como ter um irmão F.D.P. é uma droga. Foi rodado no Irã, mas nem todos por lá ficaram satisfeitos com a imagem que o filme passa do país. Por mais que tenha tentado divinamente, a população tem direito de reclamar do que não gosta nos filmes que os representam (bem parecido com o Brasil nesse aspecto.).
"Let no love fall victim of circumstance." "Não deixe o amor ser vítima de circunstâncias." É a frase que define o filme. Atafeh e Shireen são amigas de escola. Não é mostrado quantos anos elas tem, mas por ainda estarem no que parece o ensino médio, diga-se que tem 17. As duas são inseparáveis. Logo no começo é possível se apaixonar pelas duas. Pela amizade das duas. Pela cumplicidade das duas. Enfim, pelo amor. Elas vão à festas particulares, entram em carros de estranhos, excitam caras que elas não conhecem só por diversão, mas não se sentem muito bem ficando com homens.
O irmão de Atafeh retorna de algum lugar (não fica claro). A única coisa que se sabe é que ele era/é viciado em drogas pesadas e quase abandonou a família por causa disso. Ele retorna diferente do que era antes. Mais religioso, intolerante e um pouco biruta das ideias. Ele que é o grande F.D.P. da história toda. No fim do filme eu queria ter visto ele morto. Mas ele não morre. :(
Então o pai de Atafeh, que é tipo um dos mandantes da revolução que tomou conta do país um tempo atrás quando ele era jovem, encomenda uma viagem à praia. Lá eles se divertem e tal. E acontece, o que parece ser, a primeira vez de Atafeh e Shireen. Shireen tá lá chorando pela mãe que está doente (provavelmente pelas torturas que sofreu depois do novo regime) e Atafeh vai consola-la. Então Shireen se declara pra ela e elas dormem na mesma cama. Assistam pra ver o resto.
Aí elas começam essa coisa de lésbicas-super-rebeldes-contra-o-sistema, mas não publicamente. Mas o irmão de Atafeh fica com uma pulga atrás da orelha sobre a relação das duas. Ele cria uma artimanha pra pegar qualquer coisa que pudesse ser escondida dentro da casa. Bem, o objetivo era destruir o relacionamento das duas e ele consegue.
No começo do filme a gente ouve um diálogo entre as amigas. A transcrição é:
"-Se pudesse estar em qualquer lugar do mundo, onde estaria?
-Em qualquer lugar do mundo?
-Sim, em qualquer um.
-Um lugar onde você pudesse cantar e eu seria sua empresária."
Elas sonham em fugir para um lugar onde não tenham de esconder de nada. Onde possam ser o que são e só isso. É triste quando elas desistem desse sonho. Enquanto uma segue, a outra fica pra trás por escolha. Quando isso acontece é de quebrar o coração.
O filme é agradável. A fotografia é linda. Tudo muito lindo. Claro que deve ter algum exagero aqui e acolá, mas é difícil achar um que não tenha. Fica a dica.
Um P.Szinho básico: as atrizes que fizeram Atafeh e Shireen são muito lindas. Muito, muito, muito lindas. E quem disser o contrário é míope! Os nomes delas são Sarah Kazemy (esquerda, Shireen) e Nikohl Boosheri (direita, Atafeh).
Dá uma olhada no trailer:
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