quarta-feira, 27 de junho de 2012

Eles disseram que não chegaria.


"Nós apenas começamos. Hipnotizados por tambores.
Até que o para sempre chegue você vai nos encontrar perseguindo o sol.
Eles disseram que este dia não chegaria, mas nós nos recusamos a fugir.
Nós apenas começamos.
Você vai encontrar-nos perseguindo o sol.

Quando a luz do dia estiver desaparecendo
 nós vamos brincar no escuro até estar dourado novamente.
E agora faz a gente se sentir tão bem.
Posso vê-la chegando. Nós nunca vamos envelhecer.
Você vai nos encontrar perseguindo o sol."
The Wanted - Chasing The Sun

Definição linda (e extremamente profunda) sobre o amor.

Tirado do filme Lost and Delirious.

Coisas que você não devia se importar, mas que seu cérebro não aceita.

Eu tenho lapsos de raiva que vão embora e depois voltam martelando um dúvida no peito. Uma coisa que eu realmente não devia ligar porque não é da minha conta, mas que minha cabeça não consegue esquecer. E fico remoendo aquilo durante uma eternidade. E cresce, fica gigante. E eu não posso por pra fora porque não tenho certeza. E o pior de tudo é a falta de certeza. Pode te deixar maluco. Ou melhor: a certeza da incerteza pode causar danos irreparáveis a sanidade.

Quem nunca perseguiu alguém na internet? De que cada atualização no facebook da pessoa podia significar um universo de coisas diferentes? E, mesmo você sabendo que pode não ser nada, você se importa. E porque você se importa? Nem você sabe. Porque para todo 'pode ser' há um 'pode não ser', afinal dizem que a probabilidade universal pra tudo é 50/50. O problema é que você se agarra aos 50 de pior probabilidade.


Como se não bastasse ser curioso por natureza, seu cérebro começa a projetar realidades paralelas à sua realidade real modificando o espaço/tempo para que você esteja pronto. Como um sonho, só que enquanto você está acordado. Por exemplo: você se inscreve para um concurso e fica simulando como seria se você ganhasse ou se perdesse. Sua alegria (ou tristeza) que parecem tão reais como se fossem de verdade. Isso acontece também quando você começa a querer que alguém corresponda ao que você sente. Qualquer coisa que essa pessoa fizer para o seu benefício vai ser interpretada de duas formas: ou ela fez porque realmente está correspondendo ou ela fez só por fazer. E quando a justificativa é uma você sempre vai querer acreditar mais na outra. Confuso né? Pois é.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Chame do que quiser.


"Chame do que você quiser. Chame do que você quiser. Eu disse: só chame do que você quiser. Chame do que você quiser." Call It What you Want - Foster The People

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Você mataria?


"Diga-me você mataria para salvar uma vida?
Diga-me você mataria para provar que você está certa?
Quebre, queime, deixe tudo queimar. 
Este furacão está nos perseguindo debaixo da terra.

Não importa quantas mortes eu morra, eu nunca esquecerei.
Não importa quantas vidas eu viva, eu nunca irei me arrepender.
Tem um fogo dentro deste coração e uma revolta prestes a explodir em chamas."
Hurricane - 30 Seconds To Mars

domingo, 24 de junho de 2012

Te deixar pra trás.

“Todas as coisas que você tomou por garantidas te atingem como uma bala na barriga. Você não consegue se levantar, Mas você vai ao menos tentar? Porque se você não tentar o tempo vai te deixar pra trás.” Put It Behind You - Keane

Sonho ruim.


"Eu acordo, é um pesadelo. Não tem ninguém ao meu lado. Eu estava lutando, mas apenas me sinto cansado demais para continuar. Suponho que eu não seja do tipo ‘lutador’. Não me importaria com isso se você estivesse ao meu lado, mas você se foi para longe." A Bad Dream - Keane 

sábado, 23 de junho de 2012

Você pode.


"A verdade nos corta e nos puxa de volta pra cima. 
Separa as coisas que têm a mesma aparência. 
Então você pode evitá-la, você pode.
E cada dia que você quer gastar, e você quer gastar, você pode.
E cada dia que você quer acordar, e você quer acordar,  você pode.
E cada dia que você deseja mudar,  que você quer mudar.
Eu vou ajudá-lo a passar por isso porque eu quero mesmo é ficar com você."
Waste - Foster The People


quinta-feira, 21 de junho de 2012

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Uma imagem vale mais que mil palavras.


Eu gosto de desenhar.

Um dos tantos hobbies que eu tenho. Desenhar pra mim é como colocar forma nos pensamentos. Mas, poucos dos meus desenhos são livres. A maioria é inspirada no universo de Harry Potter. Abaixo alguns exemplos. 




Além de uma das Crônicas Kane, de Carter e Sadie *-*

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Eu gosto do frio porque gosto do calor.

Discutindo assuntos muito importantes como o clima com uma grande amiga, descobri que gosto do frio porque gosto do calor, e ela compartilha desse sentimento profundo sobre a temperatura que sentimos na pele. Mas a proposta de ideologia de vida dita logo acima é um tanto confusa. Este post é pra tentar esclarecer.

Quando sentimos calor poucas são as maneiras de se esfriar sem precisar tirar a roupa. Digo, o clima quente é mais difícil de contornar, já que o nosso corpo é, naturalmente, quente. Quando a temperatura do ar está mais quente que a nossa (acima de 35ºC) dá um desconforto imenso, uma coisa anormal que não tem como se esfriar sem ficar ao vento com poucas roupas, ou ficar numa sala com ar condicionado. Eu sou uma das pessoas que odeia calor. 

Amo o frio porque é possível manter uma temperatura gostosa dentro de tantas roupas lindas que a moda tem para oferecer. No frio se você quiser sentir frio você pode, mas se quiser sentir quentinho, pode também. O frio dá um leque de possibilidades. Botas, tênis, sapatos fechados, calças lindas de todos os modelos, blusas de mangas que você só pode usar em clima ameno, porque no calor é impossível! Enfim, eu amo incondicionalmente o clima frio e nasci pra viver em um lugar assim. 

Eu amo o frio porque amo o calor gostoso que as cobertas tem a oferecer, e porque eu posso controlar isso. O frio é ótimo.

Amor de Irmão



"Não tenha vergonha de chorar. Deixe-me ver através de você porque eu vi seu lado escuro também. Quando a noite cair sobre você e você não souber o que fazer. 
Nada que você disser vai me fazer te amar menos.

Eu estarei do seu lado, não deixarei ninguém te machucar. Eu estarei do seu lado."
The Pretenders - I'll Stand by You



sexta-feira, 15 de junho de 2012

Imprevistos.

Eu juro que já escrevi coisa melhor. 

O que você procura em um parceiro? Te deixaria satisfeito em saber que a pessoa do seu lado te ama? Ou que ela é contra as coisas que você acredita? O que te faria exaltar de felicidade? Tônia se perguntava ao menos uma vez na semana todas essas coisas. Além de como saberá se é o certo. Haveria um sinal no céu na hora em que encontrá-lo? Para Tônia o amor não passava de uma história pra boi dormir inventada para alienar o povo de uma convicção que, para ela, não existia. A convicção de que, não importa o tempo que demorasse, alguém um dia apareceria na vida dela. E, com toda a sua alma, Tônia era cética sobre isso.
Ela acordou em uma manhã cinzenta com vontade de permanecer na cama. Abriu os olhos e praguejou a necessidade de se levantar. Uma hora depois ela estava pronta para sair de casa. Teria de enfrentar a chuva como um exército de uma mulher só. Ela foi. Encarou de peito aberto. Quando chegou à estação de metrô da cidade, ela não tinha mais que uns fios de cabelo molhados e uma expressão de tédio no rosto.
Não conseguiu um lugar para se sentar. Procurou um espaço longe das pessoas que se acumulavam perto das portas de saída. A sorte dela era que sua estação de descida era uma das últimas, quando o metrô já estava mais vazio. Segurou-se em uma barra e ficou olhando o borrão do lado de fora através do vidro da janela. Ela não saberia responder a quanto tempo estava nessa rotina irritante. Talvez pensasse Desde sempre! e respondesse isso com uma espontaneidade legítima. Porque era assim que ela tinha imaginado, anos atrás, quando entrou na faculdade de Administração. E o caminho que se seguiu foi o mais natural. Sem perigos ou imprevistos. Morava sozinha, não tinha namorado e nem família, se sustentava, e vivia a monotonia santa de cada dia, um dia de cada vez.
Mas ao descer na plataforma 10 naquele dia, a mais perto do escritório que ela trabalhava, se sentiu diferente. Um arrepio correu a extensão de sua coluna e fez sacudir o esqueleto. Seu olhar capturou um homem subindo as escadas rumo à superfície. Ele tinha um brilho especial, uma áurea brilhante que emanava doçura e sugava qualquer atenção que ela tentasse dar aos pensamentos secundários que agora tentavam roubar a cena em sua cabeça. Em 5 anos de trabalho ela nunca havia faltado um sequer. Ponderou prós e contras, mas, mesmo que os ‘contra’ ganhassem a votação, ela iria atrás do garoto brilhante. E subiu, correndo e quase caindo, o mesmo caminho do garoto.
Ao emergir, ela se deparou com um céu claro e sem nuvens. Procurou ao redor e reconheceu o brilho viciante do rapaz. Andou em sua direção, tentando não parecer que o seguia, nem ao menos que estava interessada. Ele esperava que o sinal de pedestres ficasse verde, o que aconteceu quando Tônia ficou ao seu lado. Ele começou a andar e por um segundo Tônia pareceu ser arrastada por uma força maior que a gravidade, mas na direção dele.
Os cabelos curtos davam a impressão de recém-cortados. Ele poderia estar saindo do cabeleireiro. As mechas bronze balançavam com o andar apressado dele, exigindo que Tônia caminhasse com pressa. Os sapatos não ajudavam. A pasta muito menos. A saia de cintura alta pior ainda. Mas o mal feito de se vestir como uma velha já estava feito. Ela tinha que se conformar. O brilho de luz fluorescente branca que emanava dele era quase mágico. Tinha feito Tônia faltar o trabalho, só podia ser de outro mundo.
Ele entrou em um beco. Não estava escuro, mas ainda assim ela se assustou quando duas mãos a seguraram pela boca, prendendo um grito, e a empurraram conta a parede. O menino ruivo tinha olhos ferozes e chateados. E cor de mel. Tônia parou de se debater no momento em que se encararam. “Está me seguindo?” Ele cuspiu as palavras na cara dela. O brilho se intensificou, mas ele não parecia poder controlar o seu poder de estrela. “Quero saber por que está me seguindo.” Ele gritou, ordenando. Destampou a boca dela e um fino fio de voz saiu da boca de Tônia com uma verdade tão impressionante e nova que ela quase não acreditou.
“Seu brilho é lindo.” Se sentiu uma idiota nos segundo seguinte a afirmação porque o ruivo riu. Gargalhou de sua resposta. E ela ficou com cara de banana, esperando uma máquina do tempo para anular aquele embaraço.
“Mas eu não brilho, senhora.” Ele falou soltando Tônia da parede. Ela se recompôs como pode. “A senhora deve ter problema de visão.” Ele vestia uma bermuda azul escuro com uma regata branca. Calçava chinelos.
“Não me chame de senhora. Só tenho 23 anos.” Ela reclamou, mas ele não deu atenção. “Tônia.” Estendeu a mão para ele. Ele pegou a mão dela e ficou quase incandescente. Ela cerrou os olhos.
“Ricardo.” Ele falou. “Mas você, Tônia ainda não falou porque está me seguindo.”
Ela colocou o peso do corpo numa perna só. “Você brilha.” Ela terminou. Ele encarou o próprio corpo, tentando ver o que ela estava vendo. Era uma tentativa inútil para ele. “Eu consigo ver você brilhando.” Ela se justificou já sentindo o rosto avermelhar. Ele tinha um sorriso tentador no rosto.
“Claramente pareço ser especial.” Ele falou alisando a camiseta, cheio de ironia. “Olhe, Tônia, não sei o que viu em mim pra me seguir.” Ele caminhava para a saída do beco. “A senhora não parece ser uma ladra.” Ela seguia os passos de Ricardo. Em seus olhos até as pegadas dele eram brilhantes. Um brilho não duradouro, mas ainda assim brilho. “E eu não brilho.” Ele fez um gesto como que se desculpando.
Ricardo caminhou até o meio fio da calçada seguido por Tônia. Ela não saberia explicar. Se acabava de ter sua primeira paixão à primeira vista não saberia dizer. Só sabia que seguia porque parecia seguro. Mas se viu proibida a continuar. Enquanto Ricardo atravessava a rua e sumia distante. Literalmente, porque ela não conseguia mais vê-lo. Se ele era feito de fumaça, de onde tinha vindo a força? Ela deu mais três passos para frente cerrando os olhos para conseguir enxergar. E então uma buzinada. Um flash. E o nada.
...
Seis horas depois, um médico na UTI do hospital mais próximo ao acidente pronunciava.
“Duas horas e vinte e três minutos. Hora da morte de Antônia Moreira, vinte e três anos. Procurar a família e comunicar a morte. Parecia estar indo ao trabalho, mas foi encontrada longe do que parecia ser seu destino.” Ele suspirou. “Ensinem para os jovens que olhar os dois lados antes de atravessar a rua é importante, e mesmo assim eles serão mortos em acidentes banais como esses.” Ele tirou as luvas e depositou sobre a placa ao seu lado.
Saiu da sala já lembrando que tinha de comprar pães e ovos.
Moral da História: Olhe para os lados antes de atravessar a rua e se encontrar alguém brilhando no caminho do trabalho fuja, se afaste dela. 

Suas cores são lindas.


"Você com os olhos tristes, não desanime. Oh, eu percebo. É difícil tomar coragem em um mundo cheio de pessoas. Você pode perder de vista tudo isso e a escuridão dentro de você pode fazer você se sentir tão pequeno.

Mas eu vejo tuas cores verdadeiras brilhando. Eu vejo tuas cores verdadeiras e é por isso que eu te amo. Então não tenha medo de mostrar suas cores verdadeiras. Suas cores verdadeiras são lindas Como um arco-íris.

Mostre-me um sorriso então. Não fique infeliz. Não consigo lembrar quando foi a última vez que te vi rindo.
Se este mundo te enlouquece e você carregou tudo que pôde suportar, me chame, porque você sabe que eu estarei lá.

Eu vejo tuas cores verdadeiras brilhando. Eu vejo tuas cores verdadeiras e é por isso que eu te amo. Então não tenha medo de mostrar suas cores verdadeiras. Suas cores verdadeiras são lindas Como um arco-íris.

Não consigo lembrar quando foi a última vez que te vi rindo. Se este mundo te enlouquece e você carregou tudo que pôde suportar, me chame, porque você sabe que eu estarei lá.

Eu vejo tuas cores verdadeiras brilhando. Eu vejo tuas cores verdadeiras e é por isso que eu te amo. Então não tenha medo de mostrar suas cores verdadeiras. Suas cores verdadeiras são lindas Como um arco-íris.
Suas cores verdadeiras são lindas, como um arco-íris."
Cyndi Lauper - True Colors

Em Chamas (Catching Fire)


Quase tive um troço.

A Capa é essa aqui, segue a proposta do seu antecessor, Jogos Vorazes, e a apologia ao broche usado pela protagonista, Katniss Everdeen. Ela que nesse livro tem uma rebelião para controlar.

Katniss ganhou a 74ª edição dos anuais jogos vorazes que acontecem no país de Panem (atual América do Norte). Mas ela não saiu sozinha. Seu parceiro (padeiro, lindo e fofo) Peeta saiu vivo também. Como pode? Katniss, ao saber que só um sairia vivo, não teve condições de matar Peeta, assim como ele não tinha a menor intenção de matar sua amada. Então os dois combinaram suicídio duplo. E, como Capitol tem que ter um vencedor, os dois saíram da arena. E essa foi uma saída melhor sucedida do que um dos "amantes do distrito 12" matar o outro. Eles estão apaixonados, ou pelo menos é isso que se imagina em toda a Panem. Eles saíram, Peeta com uma perna mecânica e Katniss com um ouvido reconstruído.

O livro é dividido em 3 partes. 

No começo vemos como a vida de Katniss mudou depois que ela e Peeta ganharam os jogos. Como ela não precisa mais caçar para manter a família viva. Agora ela é rica o suficiente para manter todo o distrito 12 alimentado por toda a vida. Mas ela não pode fazer isso. As regras depois dos jogos não são mais fáceis de seguir. Na verdade é uma linha tênue que separa o certo do errado depois que se é um campeão. Principalmente quando sua vitória parece uma tentativa de desafio ao sistema de Capitol. Katniss tenta retomar a vida de caçadora fora-da-lei no Seam, mesmo que isso tenha ficado sem graça porque agora não há necessidade de se fazer nada. Ela caça para ajudar a família do seu melhor amigo Gale, que agora trabalha para a mina de carvão do Distrito 12.

Mais um ano, significa mais uma colheita. À cada 25 anos de Jogos Vorazes, acontece uma edição especial chamada Quarter Quell (a tradução ficou Massacre Quaternário). A gente fica sabendo que Haymitch foi  um dos tributos do 2º Quarter Quell. E que somente os campeões de cada distrito poderão ser os candidatos a tributo nesse 3º Quarter Quell. O Presidente Snow jogou uma bomba na cara de Katniss. E agora? Só lendo.

Eu só posso dizer que gostei muito. Li em um dia, só pra ter noção do meu desespero pra terminar. Em Chamas te deixa quase sem ar e isso é impressionante. Enfiim, totalmente recomendado.

O filme deve sair em 2013. É torcer pra o mundo não acabar em dezembro, porque esse filme promete.

Repetições Infinitas.

Então começa tudo de novo. Encontro você. Sorrio. "Não sabia que ia te encontrar", eu falo. "Nem eu.", você responde. Você me abraça forte, tirando o meu ar. Há tempos não tenho um abraço assim, tão aconchegante. Ficamos calados por um momento nos olhando sem perder o sorriso nos lábios. O que é tão engraçado? Não sei. Mas sinto uma necessidade de sorrir quando estou com você. E não é  porque está coberto com pústulas de pus em cicatrização em todo o rosto. Rio de felicidade por uma espontânea aparição sua. Depois de todo o ensino médio quando você era meu melhor amigo, e (segundo o nosso melhor amigo) tinha uma quedinha por mim, nos afastamos violentamente. Primeiro aquela sua namorada. Mas eu entendo porque você ficou com ela. É o tipo de coisa que garotos fazem. Ela era um pouco bonita, mais do que eu pelo menos. Talvez simpática com você. Ela te dava atenção. Você dava atenção à ela. Mas você nos abandonou, sabe? A gente te disse várias vezes. Depois a faculdade. Um mundo novo, amigos novos. Não desaparecemos, é claro. Seria impossível. Só nos vemos menos. Bem menos. O que deixa um espaço vazio latejando dentro de mim. Não dói, só incomoda. É tão mais completo e aquecido quando estou com você, mesmo que não faça frio. "E então? Já ficou melhor?", continuo sem parar de rir. Você, também rindo, diz: "São duas semanas de recuperação.". Vamos saindo do lugar juntos. Não de mãos dadas como no último rodízio de pizza que nós quase fizemos isso. Só rindo sem motivo desta vez."Tem aula agora?", você quer saber. "Não. Só mais tarde. E você?"."Só pegando um livro. Tenho que almoçar ainda.", como se fosse novidade pra mim ver você com fome. É a deixa. Você vai, de novo, embora. Vamos, faça/diga alguma coisa. Sabe o que tem que dizer, minha cabeça martela. Então se forma um nó apertado na minha garganta, como se eu fosse chorar. Esse nó me impede de dizer que eu te amo. Que eu estou afim de você como outras garotas da sua igreja devem estar agora. Como as únicas duas da sua sala devem estar também. Continuo sorrindo no silêncio incômodo que se forma entre nós. Não digo nada. O nó está tão apertado quanto é possível. Ele prende as palavras para que elas não causem um estrago muito grande que eu temo. Você olha o relógio."Eu tenho que ir. Estou com fome.". É eu sei ,eu penso. Você me abraça de novo. Não apertado como o ultimo. Carinhoso. Eu não quero te soltar. Deus podia parar o tempo alí e eu estaria imensamente feliz. Pararia no único afeto que trocaremos em meses. Um abraço. Quantas vezes eu já imaginei despedidas completamente diferentes dessa. Perco as contas. E então você começa a andar no sentido oposto do meu. Indo embora, não sei aonde. Só sei que é longe o suficiente pra que eu fique sem te ver por um bom tempo. Então me viro e vou embora também, com a cabeça já lamentando por não ter feito a boca abrir. Eu sou uma idiota mesmo. 

terça-feira, 12 de junho de 2012

Parabéns Pedro, pelos seus 17 (desculpe, 18) anos de vida!

Peter Pan, Pedro Petigrew, Pedrinho, Pedro Pedrada, "O peito do pé de Pedro é preto". 

A gente se conhece desde quando a gente nem se lembra. Só sabe que foi muito cedo, porque tem umas fotos já bem antigas de nós dois deitados numa rede. E desde que a gente aprendeu a falar que  as brincadeiras, com um nome tão comum quanto Pedro, foram a fonte de risada de umas crianças meio incomuns na oca de Diogo Lopes. Era só aparecer um personagem na televisão que logo as crianças se agitavam por haver uma pessoa com o mesmo nome do que apareceu na TV.  E até aí foi fácil, porque depois a gente cresceu e eu vim morar "longe". 

O que não quer dizer que muita coisa mudou na gente. Pelo contrário. Nós somos os mesmos de antes, mesmo que revestidos de uma capa "madura" e segura do que quer. Os interesses são diferentes, mas no fundo todos querem se suceder bem, crescer na vida, viajar, fazer amigos e ser feliz. E pode ser difícil, afinal um tapa na bunda logo que se nasce não é nenhum convite de boas vindas à uma vida fácil. Leva tempo pra entender que cada tapa de decepção é um tapa para o crescimento. Não adianta ficar magoado com alguma coisa ou por a culpa em alguém. A vida é difícil para todos. Uns inteligentes o suficiente pra entender e outros estúpidos o suficiente para aceitar, deixar por isso mesmo. Não deixe por isso mesmo.

Aí você olha pro lado e não vê ninguém que apoia suas idéias, ou tem alguém que apoia e tem um milhão de pessoas que dizem que a pessoa que te apoia não vale de nada. Tem muita gente que "não vale o ar que respira" no mundo. A coisa mais fácil é conhecer gente assim. Mas errados são os que julgam antes de conhecer. E, antes de qualquer coisa, mil pessoas podem te dizer que uma pessoa é a errada com relação ao que elas acham que é certo. Mas elas te perguntam o que é certo pra você? 

Aqui fala uma pessoa que quer te ver bem. :3 

Porque a melhor coisa do mundo é ser independente. Não ter que dar satisfações a ninguém sem ser você mesmo, olha que maravilha. Mas do nível de inciante até o independente são muitos os degraus. E subir, em nenhuma circunstância, é fácil. E pra te ajudar, existem as pessoas que vão te dar atenção e te ouvir não importa o problema. Porque sempre tem gente assim. Aqueles que a gente se lembra ouvindo uma música, ou vendo um filme. Que podem ser passageiras ou duradouras. Bobas ou sérias. Mas que em algum momento você não vai se ver sem. Elas vão estar impregnadas em você. O perfume e o jeito. E elas você vai poder levar até o túmulo de quem subir pro céu primeiro. Pessoas assim são raras. Cuide bem das que encontrar. Porque, se elas forem inteligentes, não vão deixar você se afastar.

E eu posso te dizer uma coisa. Você está destinado ao sucesso. E eu sou suspeita pra falar, mas a carta do Google não me deixa mentir. Se você se dedicar ao que gosta, o caminho vai ser longo e alegre.  E aí cada tapa, decepção, tristeza e dias ruins não vão passar de um borrão na sua história que tá só começando. 

Feliz aniversário e que você viva muito pra gente comemorar as nossas conquistas (nas festas loucas ao redor do mundo quando a gente viajar.)

Beijo.

   

sábado, 2 de junho de 2012

Snow White and The Huntsman (Branca de Neve) - 2012

Eu saí de casa pra ver esse filme legendado. Acabo vendo dublado numa sala cheia de gente mal educada que não sabe que lugar de gente barulhenta em dia de estréia é a sessão legendada. A que eu devia estar. Porque eu ia gritar muito quando o lindo Chris Hemsworth aparecesse de caçador. Mas aí eu tive de me conformar e comer a pipoca o mais devagar possível pra ouvir o que eles estavam falando.

SWATH (Snow White and The Huntsman) é uma adaptação do conto de fadas Branca de Neve. Foi dirigido por Rupert Sanders e escrito por Evan Daugherty. No decorrer do filme dá pra perceber as coisas que mudaram e as que permaneceram (ainda que o número de coisas modificadas tenha sido extremamente superior) e que a Branca de Neve, nesse filme, teve um papel de coadjuvante quando comparada aos verdadeiros coadjuvantes da história. Mas é uma adaptação e, como o nome já diz,  ninguém deve esperar a história clássica da Disney nas telonas.

Como quase sempre acontece, tudo começa com um desejo/ação de uma mulher bondosa. A mulher bondosa, nesse caso a Rainha mãe de Branca de Neve, furou o dedo numa rosa e desejou que, se um dia tivesse uma filha, queria que ela tivesse os lábios vermelhos como sangue, pele branca como a neve, cabelos negros como as asas de um corvo (normalmente é negras como a noite, mas tudo bem é uma adaptação) e que ela fosse tão forte como aquela rosa em que ela havia se furado. Essa menina nasce. Branca de Neve, como já era de se imaginar. Ok. Primeira parte.

Era de se esperar que ela ficasse orfã. Ela fica. Ela e o pai ficam de luto por um tempo até que um exército se aproxima e leva o pai de Branca para o campo de batalha. Depois de "ganhar", o exercito vencedor encontra uma prisioneira. Ravenna. E adivinha quem ela é? A Rainha Má! O pai de Branca como bom rei que é oferece abrigo em seu castelo para Ravenna. Mas ela é tão estupidamente linda que ele casa com ela um dia depois. UM DIA DEPOIS! Depois, ele morre. Na verdade, Ravenna mata o pai de Branca e suga sua beleza. A rainha invade o reino e prende Branca, que deveria ter uns dez anos. 

A rainha. A coisa mais perfeita do filme todo. Créditos à Charlize Theron que interpretou divinamente a Rainha Má. Desde sempre todo mundo sabe que ela tem essa obsessão por beleza, de juventude eterna e etc. Mas nesse filme é mais que obsessão. É uma necessidade que ela tem de se sentir jovem e linda sempre. Sem ter uma ruga no rosto perfeito. Além de Rainha, Ravenna é uma "bruxa-transformista" que consegue tirar a juventude e beleza de quem quiser, a torto e direito. Ela é quem carrega o filme nas costas deixando a Branca de Neve interessante e digna de respeito por ser justamente o oposto total de si mesma. A Rainha Má é a personagem principal da adaptação e ponto.

O espelho cego, à quem a rainha pede pra dizer se ela é mais linda ou não, avisa que existe uma pessoa que pode tomar o lugar dela como mais linda de todas. E esse alguém é prisioneira dela e filha do finado rei. Branca de Neve. Aí vem a tarefa difícil de levar uma menina franzina de uma cela até o salão. O irmão da rainha falha. Como assim um homem forte e bem alimentado deixa um prego vencer? Pelo amor do Pai! Só em ficção mesmo. (Aqui vale uma observação: Ravenna era uma mulher liinda. O irmão era totalmente o contrário. Totalmente. E ele ainda tenta seduzir a inocente Branca de Neve.)

Branca de Neve foge. Sai pelo esgoto do reino e cai no mar (nem nos contos de fadas eles tinham saneamento.) E, convenientemente, tem um cavalo misterioso esperando por ela quando sai do mar. Ela vai parar na Floresta Proibida e aí começa uma coisa que eu reparei. Existem cenas em SWATH que remetem a outros filmes. Em Lua Nova, quando Edward decide que representa um perigo para Bella, a protagonista cai em posição fetal no meio da floresta esperando não sei o que. Bem, Branca de Neve cai deitada igual a Bella. Assim como o nome Floresta Proibida pra mim remete a Harry Potter. Outra coisa foi um veado branco (uma espécie de Aslan + o patrono de James/Harry Potter) que aparece só por aparecer.

A rainha fica puta quando descobre que o irmão Quasímodo dela deixou a menina fugir. Aí chama alguém que não tem medo da floresta. O meu, o seu, o nosso Chrisinho. O caçador é um bêbado. Pra afogar as mágoas ele bebe até não ter mais dinheiro pra pagar e acaba resolvendo tudo na porrada. A rainha o convoca e exige que ele vá atrás da menina. Em troca ela traria de volta a finada esposa dele, razão de ele ser um beberrão. Ele vai, encontra Branca de Neve, mas não assassina a garota. Ele promete levá-la até o forte do Conde amigo do pai dela. (Aqui, outra observação: sabe o Príncipe Encantado? Pois é. Nesse filme o nome dele é William, e ele nem é o amor verdadeiro.)
 O caçador ficou aquela coisa máscula que deveria ser. Eu prefiro o Chris loiro, como em Thor, oque não significa que eu não gostei. Ele tem, realmente, uma habilidade nata com martelos, machados e mjolnir. Ele leva a Branca de Neve com ele até onde dá, porque os dois começam a se envolver. Romanticamente. Mas ele volta, e os dois encontram o reino.

Do meio pro final, pra quem já leu Mockingjay, o terceiro livro da trilogia de Jogos Vorazes, vai, provavelmente, perceber que SWATH utiliza da mesma linha de roteiro. Eles tem um símbolo e vão lutar por ele na guerra. O que deixa o final bem previsível. Branca consegue o reino de volta.

A cena da batalha foi muito bem feita. Efeitos muito bons (aparece uns estranhos e fadas que mais parecem saídas de O Senhor dos Anéis). Mas, os melhores efeitos foram usados na Rainha. Uma vez ela estava de corvo, outra vez empapada em uma máscara de leite, quando ela morreu, quando ela envelhecia... São tantas as transformações que até confunde. Outra coincidência: em Harry Potter, a profecia descoberta em A ordem da Fênix dizia que um só pode sobreviver se eles tentarem se matar mutuamente. É o que acontece em SWATH. Só Branca pode matar Ravenna e vice-e-versa.  

SWATH quer mostrar que beleza não é tudo. E que a busca pela juventude pode enlouquecer (em casos extremos, matar). Eu gostei, apesar dos contratempos. E fiquei até os créditos (fui a ultima a sair da sala) ouvindo Breath Of Life, da minha querida Florence and The Machine. Vale muito a pena ouvir.
Beijos e até o próximo filme. ^-^



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